PAPD - PROGRAMA DE ATIVIDADES FÍSICAS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Publicado: 01/09/2020 - 09:13
Última modificação: 04/05/2021 - 19:54
- PAPD
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	 SOBRE O PAPD O PROGRAMA DE ATIVIDADES FÍSICAS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA (PAPD) é um projeto de extensão, desenvolvido na Faculdade de educação Física da Universidade Federal de Uberlândia (FAEFI-UFU), desde 1982. Ele tem como objetivo desenvolver ações com pessoas com deficiência, por meio de atividades físicas, esportivas, recreativas e de lazer, contribuindo no processo de reabilitação, interação social e melhoria de qualidade de vida dos participantes. Por mei de práticas corporais são estimulados os aspectos cognitivo, motor, sociais e afetivos de cerca de 180 alunos, com idades, variando entre seis meses a setenta e cinco anos, com diferentes deficiências, entre elas deficiência auditiva, física, intelectual, visual, transtorno do espectro autista e as deficiências múltiplas. O PAPD é coordenado por um docente do curso de Educação Física, uma técnica em assuntos educacionais e uma professora colaboradora da Prefeitura Municipal de Uberlândia. As tarefas da secretaria são realizadas por um técnico administrativo da FAEFI. O trabalho é realizado em parceria com a disciplina Prática Pedagógica em Educação Física (PIPE 5) do curso de graduação em Educação Física. A partir de uma avaliação semestral dos alunos com deficiência e sob orientação do professor do PIPE 5 e monitores do curso, os acadêmicos dessa disciplina planejam e desenvolvem estratégias de ensino nos seguites temas: atletismo, futebol, futsal, hidroginástica, musculação, natação, psicomotricidade, recreação entre outros. QUEM É A PESSOA COM DEFICIÊNCIA De acordo com a Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência - ONU Organizações das Nações Unidas/2006, "as pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual ou sensorial (visão e/ou audição) os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade de condições com as demais pessoas". É um cidadão com os mesmos direitos de autodeterminação e usufruto das oportunidades disponíveis na sociedade. Deficiência não é sinônimo de doença e, portanto, uma pessoa não pode ter sua vida prejudicada em razão de sua deficiência. A pessoa com deficiência possui limitação ou incapacidade para o desempenho de atividade; pode apresentar uma ou mais deficiências, percebida ao nascimento ou adquirida ao longo da vida; existem doenças que embora não estejam enquadradas como deficiência podem produzir direta ou indiretamente graus de limitação variados, destacamos os distúrbios de fala, da linguagem ou comportamentais e os transtornos orgênicos. A deficiência é um atributo de ser humano, como ser alto, baixo, gordo ou magro, sendo que as pessoas com deficiência fazem parte dessa diversidade, com os mesmos direitos e deveres dos demais cidadãos. 
- Principais causas
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	PRINCIPAIS CAUSAS CAUSAS PRÉ-NATAIS: Problemas que ocorrem durante a gestação que atingem o feto. Exemplos: Idade da mãe (pesquisas demonstram que mães com menos de 20 anos e mais de 35 anos tendem a gerar um maior número de filhos com deficiência; Multiparidade (mulheres com 5 ou mais partos, tendem a ter bebês de baixo peso e maior incidência de complicações na gravidez); Intervalo gestacional (intervalo de menos de 2 anos entre uma gravidez e outra pode provocar crianças de baixo peso ao nascer, além de comprometimentos motores e intelectuais); Má formação congênita; Doenças genéticas; Desnutrição; Pressão alta (durante a gravidez, além de prejudicar o feto, é a maior causa de morte materna no Brasil); Sífilis; Drogas: é o termo que designa tanto os medicamentos como os tóxicos. Os mais consumidos são os analgésicos, diuréticos, antibióticos e tranquilizantes. Entre os tóxicos de maior uso destacam-se o fumo e o álcool. Além desses, a maconha, cocaína, barbitúricos, anfetaminas, elevam as complicações durante a gravidez, com grande possibilidade do nascimento de crianças com sérios problemas neurológicos.PREVENÇÃO TERCIÁRIA: Reabilitação; Educação Física; Fisioterapia; Terapia ocupacional.PREVENÇÃO SECUNDÁRIA: Diagnóstico precoce; Inquerítos para descobertas de casos na comunidade; Exames periódicos, individuais, para detecção precoce de casos; Isolamento para evitar a propagação da doença; Tratamento para evitar a progressão da doença; Limitação da incapacidade:- Evitar futuras complicações;
- Evitar sequelas.
 PREVENÇÃO PRIMÁRIA: Promoção à saúde; Moradia adequada; Escolas; Áreas de lazer; Alimentação adequada; Educação em todos os níveis; Proteção específica:- Imunização;
- Saúde ocupacional;
- Higiene pessoal e do lar;
- Proteção contra acidentes;
- Aconselhamento genético;
- Controle de vetores.
 São aquelas que ocorrem após o nascimento. Exemplos: Acidentes de trânsito e de trabalho, violência urbana (tiros, facadas etc), desnutrição infantil, mergulhos, quedas etc. PREVENÇÃO: Fazer acompanhamento médico pré-natal; Vacinação contra diversos agentes; Conscientização no trânsito; Alimentar-se bem; Não ingerir drogas; Atividades físicas.CAUSAS PERI-NATAIS: Atingem o bebê durante ou imediatamente após o parto. Exemplos: Erros médicos, prematuridade, lesão no crânio. CAUSAS PÓS-NATAIS:  
- Deficiências
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	Deficiência Auditiva | Deficiência Física | Deficiência Intelectual | Deficiência Visual | Espectro Autista DEFICIÊNCIA AUDITIVA Essa expressão sugere a diminuição ou ausência da capacidade para ouvir determinados sons, devido a fatores que afetam quaisquer das partes do aparelho auditivo. A Política Nacional de Educação Especial define a deficiência auditiva como sendo a "perda total ou parcial, congênita ou adquirida, da capacidade de compreender a fala através do ouvido" (BRASIL, 1994). IDENTIFICAÇÃO DA SURDEZ: Ausência ou interrupção do balbucio a partir do oitavo mês de vida; Ausência de reações a ruídos ambientais e familiares;- As primeiras palavras com aparecimento tardio;
- Excesso de comunicação gestual e pouca emissão de palavras;
- Solicitação constanta para que semam repetidas as palavras e instruções;
- Fala sempre muito alto ou baixo;
- Dores ou inflamações constante no ouvido;
- Cabeça virada para ouvir melhor, em posição pouco comum;
- Olhar dirigido para os lábios de quem fala e não para os olhos;
- Respostas muito frequentes a ruídos antes do que a vozes;
- Falta de interesse as solicitações do professor, dando a impressão de desatenção ou "preguiça";
- Frases não estruturadas.
  DEFICIÊNCIA FÍSICA Deficiência física é a alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física. (Decreto nº 3,298 de 1999). Principais características: Paraplegia - perda total das funções motoras dos membros inferiores; Paraparesia - perda parcial das funções motoras dos membros inferiores; Monoplegia - perda total das funções motoras de um só membro (inferior ou superior); Monoparesia - perda parcial das funções motoras de um só membro (inferior ou superior); Tetraplegia - perda total das funções motoras dos membros inferiores e superiores; Tetraparesia - perda parcial das funções motoras dos membros inferiores e superiores; Triplegia - perda total das funções motoras em três membros; Triparesia - perda parcial das funções motoras em três membros; Hemiplegia - perda total das funções motoras de um hemisfério do corpo (direito ou esquerdo); Hemiparesia - perda parcial das funções motoras de um lado do corpo (direito ou esquerdo); Amputação - perda total ou parcial de um determinado membro ou segmento do membro. DEFICIÊNCIA INTELECTUAL Deficiência Intelectual (D.I.) ou atraso mental é um termo que se usa quando uma pessoa apresenta certas limitações no seu funcionamento intelectual e no desempenho de tarefas como as de comunicação, cuidado pessoal e de relacionamento social. Esta limitações provocam maior lentidão na aprendizagem e no desenvolvimento dessas pessoas. Principais tipos de D.I.: Síndrome de Down: alteração genética que ocorre na formação do bebê, no início da gravidez. O grau de deficiência intelectual provocado pela síndrome é variável e o coeficiente de inteligência (QI) pode varial e chegar a valores inferiores a 40. A linguagem fica mais comprometida, mas a visão é relativamente preservada. As interações sociais podem se desenvolver bem, no entanto podem aparecer distúrbios como hiperatividade, depressão entre outros. Síndrome do X-Frágil: alteração genética que provoca atraso mental. A criança apresenta face alongada, orelhas grandes ou salientes, além de comprometimento ocular e comportamento social atipico, principalmente timidez. Síndrome de Prader-Willli: o quadro clínico varia de paciente a paciente, conforme a idade. No período neonatal, a criança apresenta severa hipotonia muscular, baixo peso e pequena estatura. Em geral a pessoa apresenta problemas de aprendizagem e dificuldade para pensamentos e conceitos abstratos. Síndrome de Angelman: distúrbio neurológico que causa deficiência intelectual, comprometimento ou ausência de fala, epilepsia, atraso psicomotor, andar desiquilibrado, com as pernas afastadas e esticadas, sono entrecortado e difícil, alterações no comportamento entre outras. Síndrome de Williams: alteração genética que causa deficiência intelectual de leve a moderada. A pessoa apresenta comprometimento maior da capacidade visual e espacial em contraste com um bom desenvolvimento da linguagem oral e na música. A deficiência visual é caracterizada pela perda parcial ou total da capacidade visual, em ambos os olhos, com caráter definitivo, não sendo possível ser melhorada ou corrigida com o uso de lentes e/ou tratamento clínico ou cirúrgico, levando o indivíduo a uma limitação em suas atividades de vida diária. COMO IDENTIFICAR? Desvio de um dos olhos; Não seguimento visual de objetos; Não reconhecimento visual de pessoas ou objetos; Baixo aproveitamento escolar; Atraso de desenvolvimento.Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS): Baixa Visão: quando a pessoa ainda é capaz de distinguir luz e sombra, mas já emprega o sistema braille para ler e escrever utiliza recursos de voz para acessar programas de computador, locomove-se com a bengala e precisa de treinamentos de orientação e de mobilidade. Cegueira: quando não existe qualquer percepção de luz. O sistema braille, a bengala e os treinamentos de orientação e de mobilidade, nesse caso, são fundamentais. Esportes praticados por deficientes visuais: atletismo, bocha, ciclismo, futebol, goalball, judô e natação. TIPOS DE DEFICIÊNCIA VISUAL Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS): Baixa Visão: quando a pessoa ainda é capaz de distinguir luz e sombra, mas já emprega o sistema braille para ler e escrever utiliza recursos de voz para acessar programas de computador, locomove-se com a bengala e precisa de treinamentos de orientação e de mobilidade. Cegueira: quando não existe qualquer percepção de luz. O sistema braille, a bengala e os treinamentos de orientação e de mobilidade, nesse caso, são fundamentais. Esportes praticados por deficientes visuais: atletismo, bocha, ciclismo, futebol, goalball, judô e natação. TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) De acordo com o Manual Diagnóstico e Estático de Transtornos Mentais da Associação Americana de Psiquiatria, a categoria Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) é referente aos transtornos que se caracterizam por prejuízos severos e invasivos em diversas áreas do desenvolvimento, como:  Os sinais e características da pessoa com autismo costumam aparecer antes de 3 anos de idade. Mas o diagnóstico só pode ser dado após a avaliação de uma equipe especializada. Característica da pessoas com Transtorno do Espectro Autista: Modo e comportamento indiferente e arredio; Não se mistura com outras crianças;OBS: Nem todas as pessoas com TEA apresentam todas as características citadas - Não mantém contato visual;
- Resiste ao contato físico;
- Não demonstra medo aos perigos reais;
- Às vezes é agressivo e destrutivo;
- Apego não apropriado a objetos;
- Resiste a mudança de rotina;
- Acentuada hiperatividade física;
- Resiste ao aprendizado;
- Risos e movimentos não apropriados;
- Gira objetos de maneira peculiar.
 
- Fotos
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